O Banco Nacional de Angola (BNA) decidiu, pela quarta vez consecutiva, manter a taxa de juro diretora em 19,5%, optando por reduzir o coeficiente de reservas obrigatórias em moeda nacional de 21% para 20%.
Esta medida visa libertar cerca de 100 mil milhões de kwanzas em liquidez, com o objetivo de alinhar as taxas do mercado monetário interbancário à taxa diretora.
As reservas obrigatórias correspondem à parcela dos depósitos que os bancos comerciais são obrigados a manter no BNA.
Com a redução deste coeficiente, os bancos dispõem de mais recursos para conceder crédito ou investir, potencialmente estimulando a economia. Contudo, esta injeção de liquidez pode aumentar a pressão inflacionária, contrariando os objetivos do BNA de reduzir a taxa de inflação de 27,5% em 2024 para 17,5% até ao final de 2025.
O economista Mateus Maquiadi observa que, embora a medida possa incentivar o crédito e dinamizar a economia, existe o risco de impactos inflacionários, ainda que ligeiros. Esta decisão do BNA é considerada uma abordagem expansionista da política monetária.