Angola se destaca entre os países com os preços de energia elétrica mais baixos na região e no mundo, ficando atrás apenas de Etiópia, Sudão e Líbia na África, de acordo com estatísticas globais.
Até dezembro de 2023, as famílias angolanas pagavam 11,83 kwanzas por kWh, o que equivale a 0,013 dólares, bem abaixo da média global de 0,157 dólares por kWh (13,7 kwanzas). Apesar dos investimentos significativos no setor energético nos últimos anos e dos avanços em várias províncias, os resultados ainda não são os esperados, em parte devido à falta de retorno sobre esses investimentos.
Os preços da eletricidade variam de acordo com a região e, em alguns casos, até mesmo dentro de um mesmo país, influenciados por fatores como infraestrutura, localização geográfica e impostos. Em 2023, por exemplo, países como Irlanda, Itália e Bélgica registraram alguns dos preços mais altos do mundo. Na Irlanda, as famílias pagavam em torno de 0,47 dólares (412,1 kwanzas) por kWh, enquanto na Itália o preço era de 0,45 dólares (394,6 kwanzas). Nos Estados Unidos, os preços eram quase três vezes menores.
Na Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), Angola lidera com a tarifa de eletricidade mais baixa, com uma média de 11,1 kwanzas por kWh, muito inferior à média regional de 89,1 kwanzas por kWh.
Cabo Verde: O Preço Mais Alto em África
Em 2023, Cabo Verde registrou o maior preço de eletricidade residencial na África, com o kWh custando cerca de 0,31 dólares (271,8 kwanzas). Países como Quênia, Mali, Burkina Faso, Gabão e Ruanda também apresentaram preços elevados, com consumidores pagando 0,22 dólares por kWh (192,9 kwanzas).
Apesar dos preços acessíveis em alguns países, uma parte significativa da população africana ainda vive sem acesso à eletricidade. Enquanto quase toda a população do Norte da África tem acesso à energia elétrica, outras regiões do continente registraram níveis mais baixos de acesso em 2021.