RDC proíbe a importação de cerveja para fortalecer a indústria local

A medida governamental, que proíbe a importação de cervejas e refrigerantes em todo o país pelo período de doze meses, visa dinamizar a indústria local.

Fontes da Jeune Afrique, adiantam que a medida também pode acabar por ser mais arriscado do que o esperado.

No dia 18 de julho de 2024, o Ministro do Comércio Exterior congolês, suspendeu por um período de doze meses a importação de cervejas e refrigerantes em todo o território da RDC.

“Todos aqueles que, qualquer que seja a sua origem, sejam importados em violação desta disposição serão embarcados ou destruídos”, explicou, sublinhando a necessidade de apoiar a indústria local, que tem estado em franca expansão nos últimos anos.

Segundo o ministro, as medidas de apoio tomadas no final de julho “ajudarão o comércio local a melhor responder à procura do mercado nacional”. No entanto, estas medidas não são unânimes. Alguns temem que em breve haverá um aumento no preço da cerveja e dos refrigerantes, ou mesmo escassez.

De acordo com a Jeune Afrique, na RDC, o mercado cervejeiro é dominado maioritariamente por empresas de origem francesa, como a Bracongo e a Brasimba (Castel,33Export, Tembo e Beaufort), controladas pelo grupo Castel, ou holandesas, como a Bralima, propriedade da gigante Heineken , que comercializa as cervejas Primus, Turbo King e Mützig.

Um relatório do Banco Central Congolês (BCC) sobre as indústrias cervejeiras, atesta que estas produzem cerca de 5 milhões de hectolitros por ano.

Proibir as importações de cerveja e outros refrigerantes não é uma ideia nova na RDC. Em 2018, o ministro Jean-Lucien Bussa tomou a mesma decisão. Sem resultados convincentes, segundo reporta à Jeune Afrique.

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