A cadeia de valor da indústria de confecção e moda em Angola esteve em evidência na XI Edição do Modangola, realizado com o tema “Made In Angola”, servindo de espaço para promoção das criações e tendências apresentadas pelos estilistas nacionais.
O evento reuniu um total de 15 estilistas, provenientes de cinco províncias do país, numa
altura em que a cadeia nacional de produção têxtil e de confecção passa por profundas transformações, sustentadas pela eliminação de barreiras territoriais, comerciais e culturais, que afectam o mercado de trabalho e reconfiguram as organizações industriais e comerciais.
O Modangola é evento de carácter anual, onde modelos exibem as criações dos estilistas que apresentam as suas tendências.
O Moda Angola, evento anual onde os estilistas que apresentam as suas tendências, é uma iniciativa da Tussole Business, que pretende contribuir para o desenvolvimento e afirmação de um calendário oficial de eventos nacionais anuais de moda no país.
O coordenador-geral do projecto, Daniel Pires, destaca o crescimento do sector nos últimos anos, acrescentando que há necessidade de se investir mais para tirar maior proveito das potencialidades do país, por ter uma cadeia de valor deste sector representada, além de ter capacidade para dar um maior contributo para o Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
O evento reuniu os trajes da estilista Marisa Malongo e de Luísa Muinda, representantes da província do Namibe e do Bié, respectivamente, convidadas para abrilhantar o episódio com as suas criações.
Os vários trajes foram exibidos por cerca de 55 modelos, o que permitiu mostrar a mística e a matriz de cada região do país.
Já o presidente da Associação das Indústrias Têxteis e de Confecções de Angola (AITECA), Luís Contreiras, defendeu maior união do sector em associações e cooperativas e organização, até para ter “informações, em tempo real, sobre a capacidade do sector, qual o número concreto de empregos que gera, quais são os constrangimentos e as possíveis soluções” e facilitar o diálogo com o Executivo para garantir o acesso às linhas de financiamento.
No seu entender, a filiação vai permitir melhor conhecimento das valências do sector no país, em benefício da economia.
Neste momento, a associação está representada em 14 províncias, com cerca de 500 microempresas, 95 médias empresas e poucas grandes ao nível nacional, gerando 20 mil postos de trabalho.