A lista das Mulheres Mais Poderosas do Mundo de 2024 considera dinheiro, mídia, impacto e esferas de influência. Juntas, estas 100 mulheres comandam um poder económico de US$ 33 trilhões e influenciam mais de 1 bilhão de pessoas. A influência reside nas transformações das indústrias. As mulheres estão a moldar o futuro e o poder colectivo feminino em ascensão.
Em meio à incerteza económica e tensões geopolíticas de 2024, surge a questão “o poder feminino avanço ou recuo?” No topo dos escalões de poder, o domínio masculino persiste. Três das quatro maiores economias nunca foram lideradas por uma mulher. Kamala Harris, cuja ascensão à vice-presidência representou um avanço na política, enfrentou uma derrota na candidatura à presidência dos EUA.
No Vale do Silício, as cinco maiores empresas de tecnologia não têm mulheres como CEOs. Em Wall Street, apenas Jane Fraser, do Citigroup, lidera um grande banco. No Brasil, cinco mulheres estão à frente de companhias listadas na bolsa brasileira, Magda Chambriard (Petrobras), Magali Leite (Espaçolaser), Jeane Tsutsui (Fleury), Cristina Betts (Iguatemi) e Tarciana Medeiros (Banco do Brasil), única brasileira na lista das 100 Mulheres Mais Poderosas do Mundo em 2024 pela Forbes.
Apesar das hierarquias resistentes, as mulheres lideram cada vez mais sectores onde as indústrias se transformam. Da inteligência artificial às estruturas políticas, as suas decisões moldam sociedades. A influência vem de posições estratégicas no centro das mudanças, o que revela uma nova forma de poder.
Ursula von der Leyen e Christine Lagarde moldam a economia da União Europeia, estão em primeiro e segundo lugar da lista. Giorgia Meloni lidera a terceira maior economia da UE. Claudia Sheinbaum governa a 15ª maior economia do mundo. Lisa Su transformou a AMD em um agente essencial no sector de IA. Safra Catz liderou a transformação da Oracle na computação em nuvem. Colette Kress (Nvidia), Amy Hood (Microsoft) e Susan Li (Meta) estão construindo a infraestrutura global de IA.
Ruth Porat foi promovida a presidente e Chief Investment Officer da Alphabet. Caitlin Clark, fenómeno do basquete, força a indústria a reavaliar valores de mercado e potencial económico. Gwynne Shotwell transformou a SpaceX em uma força de US$ 210 bilhões no sector espacial comercial. Taylor Swift está a reescrever a economia da indústria musical no Brasil.
Bela Bajaria (Netflix) e Jennifer Salke (Amazon MGM Studios) controlam os algoritmos que moldam a cultura global. Adena Friedman (NASDAQ), Lynn Martin (NYSE) e Bonnie Chan (Bolsa de Hong Kong) estão redesenhando fluxos de capital na economia digital. Rachel Reeves (Reino Unido), Nirmala Sitharaman (Índia), Michele Bullock (Austrália) e Sri Mulyani Indrawati (Indonésia) lideram transformações significativas. Helen Wong é a primeira CEO do banco OCBC de Singapura. Priscilla Almodovar é a única latina a liderar uma empresa do S&P 500 como CEO da Fannie Mae.
Embora alguns centros de poder registrem retrocessos, as mulheres ganham espaço em sectores essenciais. Janet Truncale, primeira mulher a liderar a EY, reflecte essa mudança.