Aproveitamento Hidroeléctrico da Matala reinaugurado

No quadro do plano para a melhoria da qualidade de vida da população definido pelo Executivo angolano, no qual se enquadra a reabilitação de infra-estruturas de produção de electricidade, será reinaugurado na sexta-feira, 31 de Maio, o Aproveitamento Hidroeléctrico da Matala. Com um sistema digital de supervisão, controlo da produção e da distribuição de energia eléctrica, o investimento na renovação da maquinaria está avaliado em 106.940.676,12 euros e permitiu, até ao momento, realizar mais 2700 mil novas ligações domiciliares.

O presidente do Conselho de Administração da PRODEL — Empresa de Produção de Electricidade, Pedro Afonso, avançou que em 66 anos de funcionamento, é a primeira vez que a barragem beneficia de obras profundas para substituição dos equipamentos. As três novas turbinas estão a funcionar em conjunto e a produzir 24 megawatts, embora a potência instalada na central da Matala seja de 51 megawatts, mais 21 megawatts em relação à capacidade produtiva anterior. Em função do que o sistema vai demandar, os operadores irão realizar a activação ou a desactivação de uma das máquinas.

O gestor fez saber que as obras beneficiaram igualmente o sistema de extinção e combate a incêndios, tendo também melhorado os sistemas de serviços auxiliares, o que pressupõe maior facilidade de recuperação da central em caso de interrupções.

O nível de tensão deverá ser elevado, para garantir o escoamento para os pontos mais distantes, como Quipungo, Lubango, Namibe e a aldeia de Candjanguite.

A sua subestação também foi renovada no quadro do projecto de interligação da linha Centro e Sul, uma acção que a Rede Nacional de Transporte (RNT) já está a desenvolver e que vai dar a Huíla um sistema “mais robusto”.

A par disto, a região sul ganha a sua segunda estrutura de energia limpa, depois da central fotovoltaica de Caraculo, na província do Namibe, fruto do investimento do Governo. De acordo com os estudos desenvolvidos pela Empresa Nacional de Electricidade (ENDE-EP) e com especialistas do Ministério das Minas, Energia e Águas, para tal deve ser implementado um aumento na capacidade de geração de energia de aproximadamente 100 megawatts, através da reabilitação e expansão da rede de transporte e da capacidade de geração instalada em 1959.

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