A Fazenda Satik, financiada com garantias públicas, no município do Golungo-Alto, província do Cuanza-Norte, pretendem tornar o projecto numa referência nacional na produção de café, com o plantio de um milhão de mudas até ao final deste mês.
Adriano Perassoli, gerente da fazenda, com uma área de 1.800 hectares e apoio do Fundo de Garantia de Crédito (FGC), disse que o projecto representa um forte impulso à retoma da cultura do café na região, com foco na geração de emprego, revitalização da economia local e expansão da produção para exportação.
A fazenda, especializada no cultivo do café robusta, já acolhe quatro variedades da planta, designadamente Cazengo, Ambuim, Ambriz e Macocola, e está em fase de colheita da sua primeira safra, iniciada em meados de 2023.
Na fazenda, visitada, esta quarta-feira, 9, por uma comitiva do FGC, liderada pelo Presidente do Conselho de Administração, Luzayadio Simba, toda a produção é feita manualmente por um grupo de mais de 350 trabalhadores, maioritariamente provenientes das comunidades vizinhas, como Kiluanje, Cambondo e do próprio Golungo-Alto.
“O impacto do projecto é visível: além de dinamizar a agricultura, ajudamos a reduzir a criminalidade, ocupando jovens que antes estavam ociosos”, afirmou Adriano Perassoli.
Actualmente, a Satik foi escolhida para funcionar como fazenda âncora no fomento da cadeia do café, prestando assistência técnica e apoio logístico a produtores locais, que recebem orientação sobre a poda, adubação e cuidados com o solo.
Além disso, a fazenda também facilita a escoação da produção e promove a limpeza dos cafezais. A acção tem permitido o reaproveitamento de fazendas abandonadas e a revitalização de áreas agrícolas outrora produtivas.
“Queremos transformar o Golungo-Alto novamente num grande centro de produção de café em Angola. A nossa marca de missão é resgatar essa mística e expandir para outros municípios”, reforçou Adriano Perassoli.