Angola, Portugal, Espanha e França estão a desenvolver um programa estratégico para impulsionar a Economia Azul Sustentável no país, no âmbito da cooperação com a União Europeia.
O projecto, estimado em 30 milhões de euros, prevê iniciativas para a conservação da costa marítima angolana, a criação de Áreas Marinhas Protegidas e o desenvolvimento da aquicultura sustentável.
A iniciativa envolve o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a Direcção Geral de Recursos Marinhos de Portugal e instituições angolanas como o Instituto Nacional de Investigação das Pescas e do Mar.
A componente de capacitação e intercâmbio, liderada por Portugal, terá um financiamento entre 7 a 10 milhões de euros.
Apurado pelo Jornal de Angola , o presidente do IPMA, José Guerreiro, destacou , que o projecto visa garantir a gestão sustentável dos recursos marinhos, incluindo a avaliação dos stocks pesqueiros e o controlo da qualidade e segurança alimentar do pescado. Durante a sua visita ao país, Guerreiro reuniu-se com autoridades angolanas, incluindo a Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, para discutir os avanços da iniciativa.
A candidatura de Angola ao programa está em fase final e é coordenada pelo Instituto Camões. O responsável mostrou-se confiante na aprovação e reforçou a importância do intercâmbio científico entre os dois países para o desenvolvimento da economia azul e a valorização da biodiversidade marinha.
Além disso, o projecto aposta no desenvolvimento de novas tecnologias para a aquicultura, um sector que pode atrair investimento privado e gerar novas indústrias. A formação de quadros em Biologia Marinha, em parceria com a Universidade do Porto, também faz parte das estratégias para reforçar a investigação e conservação dos ecossistemas marítimos angolanos.
No contexto da Cimeira dos Oceanos, Angola e Portugal planeiam intensificar esforços para a proteção dos ecossistemas marinhos e costeiros, incluindo os mangais, essenciais para a sustentabilidade ambiental e económica da região.