A Ordem dos Contabilistas e Peritos Contabilistas de Angola (OCPCA), presidida por Cristina Silvestre, está a negociar a reestruturação de uma dívida com o Banco Económico, referente a um empréstimo usado para a compra do edifício onde funciona a Academia da Ordem.
A dívida acumula-se desde que a direcção anterior, presidida por Manuel Ribeiro, deixou de pagar as prestações durante dois anos. O montante da dívida ainda não foi revelado.
Além disso, Cristina Silvestre está a concentrar esforços para retomar o Exame Nacional de Contabilidade, suspenso há quase dois anos, com o objetivo de cumprir as exigências do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI) e permitir a entrada de novos contabilistas na ordem.
A nova direcção encontrou um cenário financeiro complicado, com 11 milhões de kwanzas nas contas bancárias da Ordem, dívidas a fornecedores e salários em atraso, mas já conseguiu aumentar o saldo para 37,6 milhões de kwanzas.
Segundo apurou o jornal expansão,a presidente também fez um apelo aos membros para que regularizem as quotas, que estão em atraso há dois anos, o que gerou um acumulado superior a um milhão de kwanzas. A OCPCA enfrentou um período conturbado, com a direcção anterior a ser afastada por sindicância e a recusar-se a abandonar o edifício-sede, sendo removida apenas pela polícia. Apesar de ainda haver dois recursos em andamento no Tribunal da Relação, Cristina Silvestre e a sua equipa já regressaram à sede e buscam estabilizar as operações.
Outro foco importante da nova gestão é reativar a Academia, que está encerrada há mais de seis meses, e dar continuidade aos Estágios em Ambiente Controlado para mais de 700 estagiários. Além disso, a Ordem quer acelerar as defesas dos trabalhos para o Exame Nacional, que será realizado eletronicamente. A presidente também destacou a necessidade de formação em crimes de branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo, seguindo as diretrizes do GAFI.