A construção de um novo ramal ao longo do Corredor do Lobito, que vai ligar Angola à Zâmbia, é considerada uma mais-valia para o desenvolvimento económico dos dois países.
A afirmação é da representante da Agência de Facilitação de Transporte de Trânsito do Corredor do Lobito (AFTICL), Joana Numélia.
Segundo a responsável, a nova infra-estrutura vai impulsionar o comércio, facilitar o transporte de mercadorias e promover a integração regional.
A gestora sublinhou que a Zâmbia tem um forte potencial mineiro e passará a utilizar o Corredor do Lobito para escoar os seus recursos.
Até agora, o Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB) beneficiava essencialmente a República Democrática do Congo (RDC), devido ao traçado actual da linha. Com a construção do novo ramal, e no âmbito de uma parceria público-privada celebrada com a Zâmbia, Joana Numélia acredita que se trata de uma “lufada de ar fresco” para o desenvolvimento económico regional.
A representante da AFTICL acrescentou que estão em curso estudos de viabilidade ambiental e social na área do novo ramal zambiano, tendo em conta os desafios provocados por antigos conflitos naquela zona. O processo conta com o apoio do vice-coordenador Ricardo d’Abreu e do secretário executivo do projecto.
A responsável falou à margem do Fórum Aduaneiro 2025, realizado na cidade do Lobito, sob o lema “Alfândegas, cumprindo o seu compromisso com eficiência e prosperidade”. Durante o evento, os operadores da cadeia logística do comércio internacional foram esclarecidos sobre a importância da AFTICL, entidade criada através do Decreto Presidencial 175/23.
Joana Numélia realçou que a participação da AFTICL no fórum serviu para reforçar a comunicação institucional e divulgar a sua missão junto dos principais intervenientes do comércio transfronteiriço na região.