O Governo de Angola emitiu esta quinta-feira um comunicado a anunciar que a concessão para a gestão do Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto, em Luanda, foi adjudicada ao consórcio que integra a portuguesa Mota-Engil, e liderado pela Corporación América Airports (CAAP).
A concessão tem um prazo inicial de 25 anos, podendo ser renovada por mais 15 anos. A vitória do consórcio que integra a Mota-Engil Engenharia e Construção África, S.A., foi destacada pelo Governo de Angola por “representar, acima de tudo, um passo estratégico decisivo para o futuro do transporte aéreo nacional”.
A nova gestão do aeroporto de Luanda entregue ao consórcio com a Mota-Engil “terá um impacto directo no crescimento económico, potenciando sectores como o comércio, os serviços e o turismo”, prevê o Ministro dos Transportes, Ricardo Viegas D’Abreu, citado no comunicado emitido pelo Governo de Angola.
“A adjudicação desta concessão marca um momento único e histórico para Angola e para o sistema da aviação civil em particular”, realçou o ministro angolano, frisando que “o Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto é uma infra-estrutura determinante para transformar o nosso país num verdadeiro hub aéreo continental,
impulsionando o transporte de passageiros e de carga em África e entre África e o mundo”.
O consórcio obteve 93.25 pontos em 100,
”alcançando a melhor classificação global e demonstrando capacidade técnica, solidez
financeira e experiência comprovada na gestão integrada de infra-estruturas aeroportuárias”, enalteceu o Governo de Angola.
Destacada pelo executivo angolano, foi a relevância da empresa que liderou o consórcio, a Corporación América Airports (CAAP), com sede no Luxemburgo, “reconhecida internacionalmente pela sua estabilidade económica e rigor regulatório”.
Ricardo Viegas D’Abreu explicitou ainda que a CAAP tem um portefólio que totaliza 52 aeroportos em seis países (Argentina, Brasil, Uruguai, Equador, Arménia e Itália), tem uma “sólida base financeira, reforçada pela cotação na Bolsa de Nova Iorque e pelo cumprimento das normas internacionais”.


