Os futuros do ouro nos Estados Unidos atingiram, esta sexta-feira, um máximo histórico de 3.534,10 dólares (cerca de 3.038 euros) a onça, após notícias de que a administração Trump impôs tarifas sobre as importações de barras de ouro de um quilo e de 100 onças.
O contrato negociado na Comex — o maior mercado de futuros de ouro do mundo — recuava ligeiramente para 3.484,60 dólares (cerca de 2.995,48 euros), ainda assim com uma valorização diária de 0,9%.
A informação foi avançada pelo Financial Times, que afirma ter tido acesso a uma carta da Agência de Proteção das Fronteiras e Alfândega dos EUA, datada de 31 de julho, a classificar estas barras sob um código aduaneiro sujeito a taxas.
Até agora, os investidores assumiam que este tipo de ouro estaria isento das tarifas impostas pelo governo norte-americano.
A decisão contrasta com a medida de abril, quando Washington excluiu metais como ouro, prata e platina das tarifas de importação, o que então reduziu os preços na Comex ao afastar receios de escassez de oferta.
No acumulado de 2025, os futuros do ouro na Comex já registam uma valorização de quase 34%, impulsionados pela procura do metal como ativo de refúgio em meio à incerteza geopolítica. O ouro é tradicionalmente visto como um investimento mais estável, mesmo em períodos de queda das moedas.
De acordo com Danni Hewson, chefe de análise financeira da AJ Bell, “fatores como as credenciais de porto seguro do ouro e o enfraquecimento do dólar em 2025 podem levar os investidores a mirar o nível de 4.000 dólares”.