Luís Filipe Lélis, principal mandatário do Banco Africano de Investimentos (BAI), declarou que proibir a mineração de criptomoedas em Angola pode ser uma oportunidade perdida ou um adiamento do inevitável. Em contraponto, o presidente da Comissão Executiva do BAI sugere a exclusividade da mineração para o BNA-Banco Nacional de Angola, apontando os distintos benefícios que poderão advir dessa centralização, com destaque para a segurança energética e a proteção ambiental, com a garantia de uma mineração eficiente e responsável; para uma maior facilidade no combate à evasão fiscal e às atividades ilegais, com o BNA a ser capaz de controlar essas práticas de forma mais efectiva; para uma maior estabilidade financeira através da monitorização dos riscos associados à volatilidade das criptomoedas; e para o estímulo ao desenvolvimento tecnológico, à inovação e à geração de receita para o Estado.
A análise de Luís Lélis surge em reacção à proposta de lei aprovada pelo parlamento angolano, que proíbe e criminaliza as actividades de mineração de criptomoedas e outros activos no país, a fim de salvaguardar a segurança energética nacional.