“Ambicionamos acelerar o progresso sustentável de Angola e do continente africano, investindo em sectores estruturantes como a saúde, tecnologia, cibersegurança, fintech e transformação digital.
A nossa missão vai muito além do retorno financeiro. Queremos fazer parte da transformação estrutural de África, ambicionando ajudar a desbloquear a mudança sistémica em sectores que definem a vida das pessoas: cuidados de saúde, sistemas financeiros e acesso digital.”
Foi desta forma que o CEO Doron Ben Sira apresentou hoje, em Luanda, durante um encontro com jornalistas, a JETA Holding, uma empresa de inovação e desenvolvimento de negócios com sede no Chipre, que tem agora a base das suas operações em Angola.
Com operações directas também no Senegal e Costa do Marfim, a JETA integra três subsidiárias especializadas e complementares: Aliva Saúde, um ecossistema de saúde integrado que actua nas áreas clínica, laboratorial, bem-estar e literacia em saúde; Yapama Saúde, uma empresa especializada em equipamentos médicos e consumíveis hospitalares, com forte presença na área de Diagnóstico e Laboratório, Imagiologia e áreas Médico-cirúrgicas; New Cognito, uma empresa especializada em serviços de ICT, cibersegurança e transformação digital de organizações públicas e privadas, que desenvolve soluções tecnológicas adaptadas à realidade africana.
“Estes três sectores são pilares interdependentes do desenvolvimento: os cuidados de saúde definem a qualidade de vida, a tecnologia permite o acesso, a escala e a eficiência, e a fintech liga as pessoas a sistemas que potenciam o seu crescimento”, afirmou o CEO da JETA, Doron Ben Sira, salientando que, “mais do que um investidor, a JETA é um acelerador de negócios e um facilitador de crescimento que, através das suas subsidiárias e investimentos estratégicos, está a construir um ecossistema que liga tecnologia, capital e conhecimento local”.
Sobre o motivo pelo qual Angola foi escolhida como empresa de lançamento para a expansão da JETA, Doron Ben Sira defendeu que o País tem “um potencial extraordinário, um posicionamento geográfico estratégico e uma população jovem e ambiciosa”, ainda que apresente “muitos dos desafios estruturais – em termos de cuidados de saúde, infra-estruturas digitais e inclusão financeira – que motivaram a criação da JETA”.
“A escolha de Angola como base não foi apenas uma decisão comercial, mas também um compromisso estratégico. Acreditamos que Angola pode tornar-se um motor regional de inovação e desenvolvimento e, a partir de Luanda, estamos a construir uma plataforma com alcance continental, apoiada por equipas locais, visão regional e conhecimentos globais.”
Entre Angola, Senegal e Costa do Marfim, a JETA pode impactar directamente mais de 85 milhões de pessoas, das quais uma parte significativa apresenta necessidades de saúde, inclusão digital e acessibilidade, especialmente considerando os desafios e oportunidades de digitalização e bancarização no continente africano.
“Ao integrarmos saúde, tecnologia e fintech, respondemos a três das maiores prioridades do continente – acesso, eficiência e inclusão –, posicionando-nos como agente estratégico para o crescimento sustentável em África”, realçou o CEO da JETA.
Segundo dados do ‘Estado de Implementação da Cobertura Universal em Saúde em África’ (2023), apenas 48% das pessoas em África recebem os cuidados de saúde de que necessitam, sendo que, em todo o continente, há menos de 2 médicos por 10.000 habitantes.
“Acreditamos que a saúde é a base de tudo: educação, produtividade e dignidade. Assim, em Angola e em toda a região, estamos a trabalhar para reduzir a fragmentação, oferecendo modelos de cuidados integrados, colmatar o fosso entre a inovação privada e as necessidades públicas, apoiar a digitalização dos registos de saúde e o diagnóstico remoto e expandir o acesso a serviços de qualidade para além das capitais”, sublinhou.
De acordo com Doron Ben Sira, estima-se ainda que mais de 350 milhões de africanos não têm acesso ao sistema bancário, pelo que as soluções digitais e fintech da JETA – incluindo carteiras digitais, plataformas de micro-seguros e ferramentas de financiamento da saúde – tornam-se “essenciais para promover a inclusão financeira e desenvolvimento económico no continente”, sobretudo por serem “concebidas tendo em conta as necessidades locais”.
Acerca dos objectivos estabelecidos para os próximos cinco anos, assegurou que a estratégia da JETA é clara: começar em profundidade, para depois escalar de forma inteligente. Após estabelecer as suas bases em Angola, a empresa está já a desenvolver operações na Costa do Marfim e no Senegal, dois mercados dinâmicos com uma procura crescente de infra-estruturas de saúde, inovação digital e acesso financeiro.
“Nos próximos cinco anos pretendemos consolidar a nossa rede de cuidados de saúde em Angola, prestando cuidados acessíveis e integrados, expandir as plataformas digitais de diagnóstico, formação e gestão de dados de saúde, lançar soluções fintech focadas na inclusão financeira para populações carenciadas, entrar em pelo menos dois novos mercados africanos com equipas locais completas e infra-estruturas operacionais, e formar parcerias estratégicas com governos, sector privado e instituições para o co-desenvolvimento”, concluiu.
A JETA Holding é uma empresa de inovação e desenvolvimento de negócios com sede no Chipre e operações directas em Angola, Costa do Marfim e Senegal. Com um posicionamento estratégico pan-africano, a JETA nasce da ambição de acelerar o progresso sustentável no continente africano, investindo em sectores estruturantes como a saúde, tecnologia, cibersegurança, fintech e transformação digital.
Surge como uma evolução estratégica de três empresas anteriormente pertencentes ao Grupo Mitrelli – Luanda Medical Center (actual Aliva), New Cognito e Yapama Saúde.
Combinando décadas de experiência local com uma abordagem mais inovadora e mais ágil, a JETA pretende posicionar-se no mercado para oferecer soluções que respondem de forma ainda mais eficiente e criativa aos desafios de África. Ao mesmo tempo, compromete-se a impulsionar o crescimento das organizações de maneira sustentável, inclusiva e alinhada aos princípios de ESG (ambiental, social e de governança).