A Mota-Engil anunciou lucros históricos de 123 milhões de euros em 2024, um aumento de 8% em relação ao ano anterior, em causa, em grande parte, está o robusto desempenho em África. O grupo atingiu níveis recordes de volume de negócios, EBITDA (Lucros Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) e carteira de encomendas, que alcançou 15,6 mil milhões de euros.
O volume de negócios do grupo cresceu 7%, atingindo 5.951 milhões de euros, enquanto o EBITDA subiu 14% para 955 milhões de euros, com a margem alcançando 16%. Em comunicado, o grupo destacou “os melhores resultados de sempre”, antecipando em dois anos as metas definidas no plano estratégico para 2026.
A área da engenharia e construção em África foi determinante para este sucesso, registrando um crescimento de 15% no volume de negócios, totalizando 1.748 milhões de euros. Este desempenho robusto no continente africano destacou-se como o principal motor da rentabilidade do grupo.
Além disso, a carteira de encomendas do grupo atingiu 15,6 mil milhões de euros, com 8 mil milhões adjudicados apenas em 2024. O valor compara com 12,9 mil milhões em dezembro de 2023. Em Portugal, a carteira de encomendas chegou aos 928 milhões de euros, um aumento de 57% face a 2023, impulsionada pelo novo Hospital Lisboa Oriental.
O grupo prevê para 2025 um crescimento do volume de negócios em um dígito, tendo a África como o principal motor da rentabilidade. A margem EBITDA deve permanecer em 16%, enquanto a carteira de encomendas deverá manter-se em níveis históricos. A Mota-Engil compromete-se a manter o rácio de dívida líquida/EBITDA abaixo de 2 vezes e a dívida bruta/EBITDA abaixo de 4 vezes.
Carlos Mota dos Santos, líder do grupo, frisou que o nível histórico de carteira de encomendas reforça a confiança na continuidade de um ciclo virtuoso e de crescimento sustentável para os próximos anos.
Fonte: Jornal de Negócios