A Afentra consolidou a sua posição em Angola, registando no primeiro semestre de 2025 uma produção média bruta superior a 21 mil barris de crude por dia no Bloco 3/05, onde detém participação significativa.
A companhia independente de exploração e produção de petróleo, cotada em Londres, tornou-se um dos principais parceiros internacionais da Sonangol e aposta agora em novos projectos na Bacia do Kwanza.
Fundada em 2021 por antigos executivos da Tullow, a Afentra escolheu Angola como mercado prioritário, atraída pela maturidade da indústria, pela presença das grandes companhias internacionais e pela disponibilidade de activos de meia-vida com potencial de reabilitação.
O portefólio da empresa inclui os Blocos 3/05 e 3/05A, três licenças em terra (KON4, KON15 e KON19) e uma offshore (Bloco 23).
Entre os projectos em destaque está o KON4, cuja ratificação está pendente, que abrange o campo de Quenguela Norte – a maior descoberta em terra da Bacia do Kwanza até à data – estimada em mais de 200 milhões de barris de petróleo in situ.
O projecto é visto como uma oportunidade de longo prazo para relançar a produção onshore, historicamente pouco explorada em Angola.
O reforço da Afentra coincide com as reformas promovidas pelo Governo e pela Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) para estimular o investimento em activos maduros e atrair novos operadores.
A Iniciativa de Produção Incremental, lançada em 2024, já apresenta resultados visíveis, impulsionando a recuperação de campos marginais e o regresso da actividade exploratória, tanto no offshore profundo como na Bacia do Kwanza.
O plano de reabilitação plurianual do Bloco 3/05, operado pela Sonangol, ilustra a estratégia da Afentra: investimentos recentes permitiram aumentar a produção e substituir reservas, prolongando a vida útil de activos considerados maduros.