O Governo quer potencializar a indústria têxtil e a produção de algodão em grande escala para que o país atinja a auto-suficiência até 2027, perspectivado beneficiar de garantias soberanas do Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2024 no valor de 330 mil milhões de kwanzas.
Segundo o ministro de Estado da Coordenação Económica, José de Lima Massano, no final de uma reunião com a Associação das Indústrias Têxteis e de Confecções de Angola, realizada em Novembro, o algodão ainda é essencialmente importado, mas o compromisso é o país tornar-se auto-suficiente na produção do algodão, até 2027.
O responsável informou que apesar de a empresa Textang II estar apenas com uma produção de cerca de 10% da capacidade instalada, o país conta com outras duas indústrias têxteis, nomeadamente a Satec e a África Têxtil, que estão a funcionar no limite da sua capacidade.
“No âmbito da elaboração do Orçamento Geral do Estado para 2024, consideramos também a emissão de garantias soberanas no montante de 330 mil milhões de kwanzas e este é um dos sectores que vai também tirar benefício dessa facilidade”, assegurou.
O Executivo vai trabalhar continuamente para estimular a produção nacional, segundo o ministro de Estado, tendo anunciado que a Polícia Nacional e as Forças Armadas Angolanas, a partir de 2024, começam a usar fardas feitas no país.
Até 2027, o sector prevê gerar acima de 27 mil postos de trabalho e chegar a 400 milhões de peças produzidas anualmente.
Actualmente, o país conta com três fábricas verticalizadas do algodão ao tecido nas províncias de Luanda, Cuanza Norte e Benguela, mais de 500 microfábricas e mais de 95 fábricas de pequeno, médio e grande porte, com capacidades para suprir as necessidades de uniformes profissionais.