A cor da roupa que vestimos é o elemento mais importante da nossa imagem ou apresentação. É o componente de design que o nosso cérebro rapidamente codifica, segundo Toby Fischer-Mirkin. Para este especialista em coloração, “a cor é a força mais poderosa da comunicação pessoal; alguns segundos após o primeiro contacto com alguém, esta pessoa reagirá de imediato às mensagens de cores emitidas pela nossa roupa. A cor pode estimular ou deprimir, atrair ou repelir”. De facto, a cor é, nitidamente, o maior aliado na construção da nossa marca pessoal. Por este motivo, descobrir as cores que valorizam a nossa beleza natural e que comunicam com o nosso propósito profissional transforma-nos em pessoas muito mais confiantes e assertivas.
Aqui chegados, podemos afirmar que a “Coloração Pessoal” é uma área específica, dentro da “Consultoria de Imagem”, onde descobrimos as melhores cores para a roupa, os acessórios e a maquilhagem que usamos, além do tom do nosso próprio cabelo, no sentido de melhor se adaptarem ao nosso rosto.
Construir looks
O método utlizado no processo de “Coloração Pessoal” é o “Método Sazonal Expandido das 12 Estações”, criado por Luciana Ulrich, tendo como base a teoria da pioneira mundial de Coloração Pessoal, Suzanne Caygill. Através deste método, os profissionais da aérea conseguem avaliar o contraste, a profundidade, a intensidade e a temperatura da pele do cliente. Os quatro passos do teste, que acabámos de citar, são realizados com o auxílio de tecidos específicos, com diferentes características e cores, onde, por comparação, o profissional consegue identificar quais são os melhores tons para cada tipo de beleza. Após esta análise, o cliente obtém a sua cartela de cores, que é exclusiva, para poder utilizar na construção dos seus looks. Com esta pequena ferramenta, as compras passam a ser feitas de uma forma mais rápida e eficiente.
Acrescenta-se que a correcta utilização de cores é importante para equilibrar a imagem, proporcionar bem-estar, reduzir os níveis de stress e ansiedade, e diminuir a angústia e a depressão. Além disso, quando as cores são bem conjugadas, a comunicação interpessoal é mais assertiva, aumentando a produtividade e a
autoconfiança. De um modo geral, as cores funcionam como ferramentas muito poderosas no empoderamento pessoal.
Tendo em conta toda a minha experiência em processos de “Coloração Pessoal” e os testes já realizados em belezas bastante diversificadas, tais como europeias, africanas, asiáticas, latinas e mistas, posso concluir que não há um padrão uniforme. Na realidade, cada pele tem características únicas e irrepetíveis, que podem variar durante a comparação dos diferentes tecidos que reproduzem tonalidades e texturas. Falando sobre o processo de “Coloração Pessoal” para a pele negra, existe uma grande quantidade de pessoas que se valorizam mais com tons frios e que possuem um subtom de pele mais rosado, ou seja, o tom é mais amarelado e dourado, embora o subtom seja mais rosado. Nestas situações, os tons mais frios e vibrantes são a melhor opção e os laranja normalmente desvalorizam este tipo de beleza.
Utilizando uma figura pública bastante mediática, apresento frequentemente o caso da antiga primeira-dama dos EUA, Michelle Obama. A sua beleza é muito valorizada pelos tons intermédios/escuros, intensos e frios. Fazendo uma análise das cores que utiliza, conseguimos perceber que existe um grande autoconhecimento e que todos os pormenores da sua imagem são pensados de forma a funcionarem na plenitude com os seus objectivos de comunicação. Trata-se de um exemplo claro de que as cores falam muito antes de nós falarmos.
Por último, reforço que cada beleza é única e deve ser analisada casuística e detalhadamente. Para mais desenvolvimentos, visite o nosso site www.margaridaribeiro.pt e as redes sociais, margaridaribeiro.pt, para descobrir como poderá encontrar a sua melhor versão através das cores.
*Master em Visual Merchandising. Consultora de Imagem. Especialista em Coloração Pessoal e Formadora, em Portugal, da componente prática do curso de Coloração Pessoal pela escola internacional Studio Immagine.
Texto: Margarida Ribeiro*