Zâmbia busca diversificar fontes energéticas e vê em Angola uma oportunidade para esta materialização. A parceria estratégica foi discutida em reunião esta quarta-feira, entre o Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás de Angola, Diamantino Azevedo, e o Ministro da Energia da Zâmbia, Chikote Mazozo.
De acordo com Chitoze Mazozo, “A Zâmbia depende maioritariamente de energia hídrica, sendo necessário encontrar outras fontes energéticas. Por esta razão, entendo que podem existir oportunidades em Angola”.
As conversações entre os dois países focaram-se em três temas principais como a possibilidade de Angola agenciar a comercialização de combustíveis, a entrada da Zâmbia na estrutura societária da Refinaria do Lobito e o Projetco AZOP (Angola and Zambia Oil Pipeline). Dois desses pontos aguardam a assinatura dos instrumentos, com as datas e locais ainda a serem definidos pelos canais diplomáticos entre os dois países.
Segundo o Ministro Diamantino Azevedo, “o interesse da Zâmbia permitirá aprofundar os estudos de viabilidade para determinar se valerá a pena avançar com o projecto. Queremos ajudar a Zâmbia nos seus dias difíceis e rentabilizar o projecto para a Sonangol. Deve ser uma parceria comercial com objectivos claros de rentabilidade”.
Quanto à intenção da Zâmbia de fazer parte da Refinaria do Lobito, Diamantino Azevedo afirmou que “Angola aguarda pela formalização da posição zambiana”.
A Zâmbia enfrenta desafios na sua dependência de energia hidrelétrica, agravados por mudanças climáticas e aquecimento global, que reduziram significativamente os recursos hídricos. Como resultado, o sistema de produção de eletricidade está sob estresse. Para combater esse problema, o governo zambiano decidiu investir em mais geração de energia por meio do programa de medição líquida.
Zâmbia negoceia com Angola para Suprimento Energético
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