O Standard Bank de Angola (SBA) financiou a aquisição e instalação de 24 torres de telecomunicações em 13 províncias angolanas, por parte da ANTOSC, a primeira Tower Co de Angola, pertencente ao Grupo Anglobal, num valor total de 2,45 mil milhões de kwanzas.
Este é o primeiro financiamento com uma componente de sustentabilidade ambiental e económica realizado pelo SBA no sector privado, depois de já ter financiado dois projectos sustentáveis de entidades públicas, na ordem dos 100 mil milhões de kwanzas.
“É um grande orgulho, enquanto CEO do Standard Bank de Angola, ver que a sustentabilidade não é apenas uma palavra ou um objectivo frio medido por KPI [Indicadores-Chave de Desempenho]. No caso do SBA, a sustentabilidade é a nossa cultura e está inserida no nosso propósito enquanto organização. Não medimos o nosso impacto pelos valores que gastamos em doações ou pelo número de iniciativas, mas sim em sermos realmente uma alavanca de mudança de mentalidades, de percepções, de melhores práticas e de soluções que perdurem no tempo. Quero, portanto, agradecer à ANTOSC a confiança e a parceria, que permitiu concluirmos esta importante transacção”, afirmou Luís Teles, durante um evento de apresentação deste Financiamento Sustentável, realizado ontem, 2 de Setembro, na sede do Banco.
Com 214 sites operacionais até final de 2025, a ANTOSC estabeleceu como meta atingir mais de 400 sites em três anos (2028), reforçando o seu compromisso com o desenvolvimento das telecomunicações em Angola. A estratégia de crescimento da empresa está intrinsecamente ligada à sustentabilidade económica e ambiental, destacando-se pela implementação de sistemas híbridos de gestão energética, que combinam energia solar e gestão inteligente nos seus sites, reduzindo significativamente o consumo de combustíveis fósseis e a libertação de CO2. Uma abordagem que não só minimiza custos operacionais, como também posiciona a empresa como pioneira em eficiência energética no sector.
“É uma iniciativa que tem um impacto real e concreto nas comunidades. E esta celebração, entre o Standard Bank de Angola e a ANTOSC, demonstra precisamente a dignidade e a relevância dessa iniciativa”, destacou o CEO do SBA, realçando que este primeiro financiamento sustentável no sector privado está integrado na política e na estratégia de sustentabilidade do Banco.
“O papel do Standard Bank de Angola na sociedade não é apenas a entrega de produtos e serviços financeiros. O nosso papel estende-se ao impacto que temos na comunidade que servimos. Neste contexto, apresentámos recentemente o nosso Pacto com Impacto e o nosso Relatório de Sustentabilidade, que materializa a nossa estratégia de sustentabilidade. Iniciámos uma jornada para integrar a sustentabilidade em todas as decisões estratégicas e operacionais do Banco, de forma abrangente, contínua, transparente e responsável, e pretendemos continuar a fazê-lo através de iniciativas concretas, que serão cada vez mais visíveis. A iniciativa que celebramos aqui hoje [ontem] é um desses exemplos”, afirmou Luís Teles.
O Presidente do Conselho de Administração da ANTOSC, António Nunes, enfatizou igualmente a relevância e o impacto deste financiamento sustentável, “que é não só fundamental para o desenvolvimento da empresa, como demonstra de forma contundente a aposta dos signatários no cumprimento dos objectivos definidos pelos órgãos governamentais e reguladores, destacando o alinhamento com políticas nacionais de conectividade, de sustentabilidade e inclusão digital”.
“O posicionamento central destaca a ANTOSC como uma empresa de referência no ecossistema angolano, focada em expandir a cobertura móvel onde Operadores e ISP serão convidados a estar presentes de forma rápida e sustentável, enquanto ecossistema mobilizado para construir juntos um futuro conectado, com soluções inteligentes e sustentáveis. Um pilar fundamental desta expansão é a promoção da partilha de infra-estruturas e no futuro próximo, contamos nós, RAN Sharing. Este modelo permite aos Operadores e ISP reduzirem substancialmente os custos de expansão e operação das suas redes, além de diminuir o impacto ambiental e visual com menos torres na paisagem”, referiu António Nunes.
Segundo o PCA da ANTOSC, este modelo tem também um “impacto social significativo, ao garantir telecomunicações em locais populacionais onde o esforço de investimento dos operadores pode não se justificar se feito de forma individual. Com as telecomunicações disponíveis o factor desenvolvimento e fixação das populações terá maior hipótese de sucesso”.
“Estes projectos ambiciosos dependem de parceiros sólidos e com o mesmo objectivo. Foi isso mesmo que encontrámos junto do Standard Bank Angola e que se consumou por via deste financiamento sustentável”, concluiu.
Também Rosemarie Luís, Directora de Sustentabilidade do SBA, enalteceu a concretização do financiamento, que representa uma “etapa muito importante” na estratégia de sustentabilidade do Banco, que canaliza 1% dos seus lucros para financiamento de projectos sustentáveis.
“Não existe sustentabilidade num banco se não fizermos empréstimos sustentáveis. Este é o primeiro no sector privado e o primeiro de uma escala de muitos, que nos comprometemos a concretizar daqui para a frente”, assegurou Rosemarie Luís.
Por sua vez, o Director da Banca do SBA para Grandes Empresas, André Reigota, destacou que esta iniciativa é um exemplo de como um financiamento pode ser um instrumento de inclusão e desenvolvimento sustentável.
“Graças à classificação como empréstimo especial, o Cliente beneficiou de um desconto no custo total do crédito, reforçando o compromisso do Standard Bank em premiar iniciativas com impacto positivo na sociedade. Este projeto representa também a primeira aplicação prática do procedimento de estruturação de empréstimos especiais no nosso mercado, demonstrando a capacidade técnica e institucional do Banco para replicar este modelo em futuros projectos com impacto especial relevante.”