Angola e China estão a reforçar a sua parceria estratégica com resultados visíveis nas áreas política, social e económica.
A mensagem foi transmitida por Zhu Zhong Shu, vice-director do Centro de Estudos Internacionais e Treinamento Avançado da Administração de Publicações em Língua Estrangeira da China, na abertura de um seminário para profissionais de imprensa, que decorre até 20 de Setembro em Pequim.
Segundo Zhu, a cooperação entre os dois países tem-se consolidado através da Iniciativa Cinturão e Rota (BRI) e do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), plataformas que têm promovido uma relação marcada por sinceridade, estabilidade e benefício mútuo.
Durante a recente visita do Presidente João Lourenço a Pequim, ambos os governos reafirmaram o compromisso de aprofundar os laços bilaterais.
O seminário em curso é considerado um dos produtos directos desse encontro, servindo para aprofundar o diálogo, incentivar a partilha de experiências e elevar a parceria estratégica.
Além da vertente diplomática, Zhu destacou a importância da partilha de conhecimento em governança e do intercâmbio cultural, áreas em que a China pretende intensificar a cooperação com Angola, apoiando o processo de modernização do país e aproximando as duas sociedades.
Angola desempenha ainda um papel central na cooperação sino-africana, sendo visto por Pequim como um parceiro de referência devido à sua experiência em projectos conjntos nas áreas de infra-estrutura, energia e finanças. Para Angola, a cooperação é estratégica no esforço de diversificação económica e modernização da governação, enquanto para a China o país representa um ponto de ancoragem essencial na sua presença em África.
O seminário em Pequim simboliza, assim, uma evolução da relação Angola-China, que vai além do comércio e investimento tradicionais, avançando para uma parceria estratégica modernizada que combina diálogo político, cultura e partilha de conhecimento.
Zhu concluiu que Angola e China estão ligadas não apenas por interesses económicos, mas também por uma amizade histórica e uma base sólida de cooperação, que continuará a ser motor do desenvolvimento sino-africano e da modernização dos dois Estados.