Cem jovens mulheres universitárias deverão ser “impactadas” e beneficiárias de um programa de formação e capacitação no âmbito do projecto “Comunidade Bold”. A iniciativa é da Academia BAI, como extensão do programa de formação “Woman on Board Angola” dirigido a mulheres líderes e visionárias, lançado este sábado, 20 de Abril, na presença da Primeira-dama da República, Ana Dias Lourenço, e de cerca de mais duzentas e cinquenta mulheres actuantes nas diversas áreas da sociedade angolana.
A selecção das cem jovens deverá observar critérios com base nas notas e aproveitamento escolar de cada uma. As melhores integrarão o programa da prestigiada academia, que abarca não só formação como mentoria e partilha de conhecimentos e experiências com as 250 mulheres associadas à comunidade Bold. Beneficiam de ferramentas de estudo e trabalho como um computador e ainda capacitações distintas das que têm no ensino universitário, uma vez que o objectivo é dotá-las de competências e qualificações técnicas e comportamentais para inserção no mercado de trabalho.
“Enquanto academia temos uma responsabilidade com a educação. Essa nossa missão e premissa faz com que olhemos para a sociedade de forma diferente, pelo que queremos ser um facilitador e incentivador deste tipo de abordagem e iniciativa. No fundo, trouxemos essas mulheres inspiradoras para que se juntem a nós formalmente, e, juntos, levarmos este projecto e outros que eventualmente irão surgir a muitas mais mulheres, jovens e meninas que muito precisam de boas influências e referências. Não queremos que ao entrarem para o mercado de trabalho sejam meras recém-formadas, meras estagiárias que não agreguem valores à organização. Por isso, ofereceremos as melhores capacitações a cada uma, para que deste modo se tornem também mulheres de referência e inspiração para outras mulheres ao redor”, declarou Wilson Barros, director e coordenador da Academia BAI.
Criada a partir do programa de formação Woman on Board, a “Comunidade Bold”, traz a unificação daquilo que é o papel da mulher no mundo e dentro das organizações, com real propósito de ousar, marcar, inspirar e impactar uma nova geração de mulheres, além de evidenciar que mais do que falar sobre empoderamento feminino, paridade ou equidade de género, é preciso agir em função destes objectivos, como sublinhou Francisca Van-Dúnem.
“Com este projecto, a Academia BAI evidencia a compreensão de que não basta apenas falar de empoderamento da mulher, são precisas acções para atingirmos os objectivos para podermos alterar as circunstâncias e o contexto da vida de outras mulheres e meninas. Ao integrarem esta rede colaborativa estão também a evidenciar a utilidade de participar numa gesta de superação colectiva, ajudando outras pessoas. Nós hoje estamos a inventar o futuro”, rematou a antiga ministra da Justiça de Portugal, citando Eleanor Roosevelt.