A petrolífera angolana Poliedro pretende apostar fortemente no sector da mineração e logística e nos próximos cinco anos ter uma presença em pelo menos três a quatro novos blocos petrolíferos.
A informação foi avançada pelo CEO da empresa, em entrevista à Revista The Business Year.
Segundo Ulanga Gaspar Martins, a sua empresa começou no petróleo, depois entrou na mineração e agora, “estamos a descobrir como canalizar os rendimentos dessas indústrias não renováveis para o resto da economia”.
Segundo o gestor, a logística desempenha um papel fundamental nisso. “Estar na mineração nos permite reinvestir estrategicamente e criar uma dinâmica onde as receitas circulam dentro da economia, em vez de apenas através de novas fontes de receita de exportação. Já estamos expostos à economia global através do petróleo, e continuaremos a crescer lá. AO nosso objetivo é nos tornarmos operadores dentro de cinco anos e ter uma presença em pelo menos três a quatro novos blocos. No entanto, dentro de Angola, a questão é como podemos usar essas receitas. É aí que a logística e a agricultura entram, e são sectores lucrativos por direito próprio”, salientou.
Questionado sobre a mais nova divisão da Poliedro, encarregue pela vertente internacional, Ulanga Gaspar Martins disse que um principais objectivos no negócio do petróleo é a sua empresa tornar-se um operador e expandir para novos blocos, embora isso exija financiamento.
“O sector bancário e financeiro de Angola, e até mesmo de África em um sentido mais amplo, ainda não consegue mobilizar o tipo de somas de que precisamos. A nossa análise interna mostrou que, nos próximos cinco a seis anos, precisaremos investir cerca de US$ 2 bilhões em projectos e aquisições, e sentimos que precisávamos de uma presença fora do país para mobilizar esse capital. É por isso que montamos a nossa subsidiária, a Poliedro International, nas lhas Maurícias. Um dos principais objectivos dessa empresa é arrecadar financiamento, já que as Maurícias é o Dubai da África”, concluiu.