A Wayne Angola subsidiária da Wayne Global Corporation, está a consolidar-se como uma referência no sector de lubrificantes industriais e automóvel em Angola, sob a liderança da brasileira Rita de Cássia Rocha, presidente do Conselho de Administração da empresa no país.
Representando uma nova geração de liderança empresarial no sector energético, Rita tem impulsionado a marca com uma estratégia que une inovação, parcerias locais e forte aposta no conteúdo local.
A Wayne Angola entrou no mercado nacional em 2023, trouxe na bagagem a experiência internacional do grupo Wayne, fundado há mais de 15 anos nos Estados Unidos, com presença consolidada também no Canadá, América Latina e, mais recentemente, em África.
Segundo Rita Rocha, a trajectória da Wayne começou com o desenvolvimento de uma marca própria de lubrificantes, baterias, pneus, filtros e outros componentes automotivas, sempre com foco em qualidade e parcerias com grandes fabricantes internacionais.
“A Wayne já é uma marca consolidada. Produzimos lubrificantes, adictivos e matérias-primas para o sector petrolífero e químico, e actuamos com distribuição de combustíveis e derivados em várias partes do mundo. Em Angola, o nosso objectivo vai além da distribuição, queremos industrializar localmente”, afirma.
A empresa tem presença em Luanda, propriamente, na zona industrial de Viana, com planos de expansão em curso. Um dos grandes objectivos, segundo a executiva, é trazer para Angola toda a cadeia de produção da marca, reduzindo a dependência de fábricas no exterior, como as dos EUA, Dubai e China, onde actualmente são produzidos vários dos componentes da Wayne.
“Queremos pegar uma garrafa da nossa marca e dizer: “isso foi feito em Angola”. Para isso, é preciso garantir que a produção local atenda aos mesmos padrões internacionais de qualidade. A nossa ideia não é simplesmente importar produtos acabados, mas sim trazer a nossa tecnologia, as nossas certificações, e investir aqui”, explica Rita.
A executiva revelou que estão em curso negociações para uma parceria com a fábrica Emu da Sonangol Distribuidora, responsável pela produção da marca Enigol e que já fornece para marcas internacionais como Toyota, Total e Lubimarine. A intenção é iniciar a produção da marca Wayne em Angola, utilizando as instalações existentes e agregando valor local.
“Não faz sentido enviar a nossa matéria-prima para o Dubai, produzir lá e depois importar para cá. Temos capacidade local e estamos a construir relações sólidas com parceiros do sector. A nossa proposta é somar, não substituir ninguém”, sublinha.
A Wayne Angola já obteve certificação da IRDP e está em processo para a obtenção da certificação da ANPG, ambas fundamentais para operar legalmente no país, e já fornece produtos para grandes clientes, como a Catoca, que adquiriu filtros exclusivamente da marca.
A empresa também está a estabelecer parcerias com empresas brasileiras para introduzir novas tecnologias no mercado africano. Um exemplo é a Glastek Tecfibras, especializada em soluções anticorrosivas e antifogo com fibra tecnológica, produto patenteado com certificações ISO e API.
Além de Angola, a empresa já tem negociações em andamento para expandir para Moçambique, Cabo Verde e Guiné-Bissau, tendo como centro estratégico o território angolano.
A sede africana do grupo Wayne está em Marrocos, onde se concentram os projectos de maior volume, mas, segundo Rita, Angola destaca-se pela agilidade nas conexões, pelo ambiente acolhedor aos investidores e pela disposição do sector público e privado em impulsionar o desenvolvimento industrial.
“A burocracia existe, é morosa e cara, como em qualquer parte do mundo. Mas em Angola, sentimos uma real vontade de crescer. Isso facilita para quem quer investir de forma séria e estruturada, como é o nosso caso”, afirmou.
Sobre a relação entre preço e qualidade, Rita Rocha destacou que a proposta da Wayne nasceu com o objectivo de democratizar o acesso a produtos de alta qualidade com preços mais acessíveis. Os lubrificantes da marca, por exemplo, são produzidos nas mesmas fábricas onde grandes marcas como Castrol, Chevron e Mobil fabricam os seus produtos. A diferença está no modelo de distribuição da Wayne, que elimina intermediários e garante preços de fábrica.
“Nós quebramos a ideia de que só se paga caro pelo que é bom. O nosso produto é feito nas mesmas plantas das grandes marcas, com a nossa própria especificação técnica, mas vendemos mais barato porque controlamos a cadeia do início ao fim. Isso faz parte da nossa missão, oferecer qualidade com responsabilidade econômica”, conclui.
Com um portfólio robusto, que inclui lubrificantes, filtros, baterias, pneus e peças automotivas, a Wayne Angola segue firme na sua estratégia de enraizamento local e aposta na industrialização como vetor de desenvolvimento e soberania energética.