O presidente dos EUA Joe Biden cumpre a partir desta segunda-feira, uma promessa de há dois anos de visitar África, uma viagem com o objectivo de destacar o investimento dos EUA no continente face às incursões aprofundadas da China na região.
A visita de três dias de Biden à Angola chega no final de sua presidência, pois entregará o poder ao presidente eleito Donald Trump em janeiro.
A viagem oferece a Biden outra oportunidade de cimentar as relações com um importante parceiro dos EUA em África, mesmo enquanto o continente prepara-se para o retorno de Donald Trump, que fez comentários depreciativos sobre os países africanos no seu primeiro mandato.
Quando Biden aterrar na capital angolana segunda-feira, marcará a primeira vez que um presidente em exercício visitou a África Subsaariana desde 2015, quando o então presidente Barack Obama visitou o Quênia e a Etiópia.
Também será a primeira vez que um presidente dos EUA visitará Angola, com a qual Biden procurou reforçar as relações nos últimos anos.
Ao receber líderes africanos em Washington para uma cúpula de 2022, Biden prometeu visitar o continente no ano seguinte, mas acabou por não cumprir com a promessa.
Depois agendou uma viagem a Angola para outubro, que foi adiada devido a um par de furacões devastadores que atingiram os EUA.
Uma reportagem da CNN indica que a viagem de Biden destacará investimentos no Corredor Lobito, um projecto ferroviário de 800 milhas apoiado pelos Estados Unidos e pela Europa com o objectivo de facilitar o transporte de minerais críticos do interior da África para o porto ocidental de Angola para exportação.
A iniciativa está no centro dos esforços do governo Biden para impulsionar o investimento na África para atenuar a crescente influência da China na região, que superou a dos EUA.
Pequim investiu bilhões de dólares em projetos de infraestrutura em todo o continente na última década por meio de sua Iniciativa Cinturão e Rota. Em setembro, o presidente chinês Xi Jinping prometeu US$ 50 bilhões em apoio financeiro ao continente, bem como ajuda militar.