Mais de 3 mil empresas, de dezenas de países, apresentaram tecnologia avançada: desde empresas que certificam madeira pelo WhatsApp e modelos de veículos aéreos que estão entre o multicóptero e o avião, e prometem revolucionar as viagens aéreas.
Chamam-lhe a nova Revolução Industrial. Das mais de 3 mil empresas de dezenas de países presentes nos pavilhões da FIL, na Web Summit, a maioria trabalha no sector da Inteligência Artificial (IA), que, segundo dados da Statista, pode chegar a um volume de mercado de cerca de 780 mil milhões de euros em 2030.
Estas startups põem as máquinas a pensar e a aprender para resolver os problemas da atualidade, sendo um dos mais prementes a desflorestação no Brasil, cuja área afectada equivale a 350 campos de futebol.
“A WoodChat é uma inteligência artificial que faz o reconhecimento de madeira serrada em tora, e nós fazemos esse reconhecimento dentro do WhatsApp. A nossa tecnologia é uma API verificada pela Meta”, explica Fernanda Onofre, fundadora da WoodChat.
“No Brasil, esse nosso reconhecimento serve para o preenchimento do documento florestal. O processo ajuda o madeireiro com esse preenchimento para que essa madeira passe na rodovia federal com certificação autorizada.”, afirma, sublinhando também a importância de combater o uso de madeira brasileira ilegal na Europa.
Presença angolana
Sete startups angolanas marcam presença no Web Summit 2024, após integrarem um programa de capacitação que visa contribuir para o empreendedorismo e a inovação no ecossistema angolano.
Segundo o portal de TI, com um stand vibrante e uma presença dinâmica, empresas como Anda, Kubinga, Sócia e Aki destacaram-se no evento, chamando a atenção de investidores, curiosos e inovadores de todo o mundo.
A Anda, reconhecida como a maior plataforma de fintech de mobilidade em Angola, apresentou as suas soluções para financiamento acessível de activos, transporte e logística. A proposta da Anda é revolucionar a mobilidade em Angola, e o stand, decorado com a bandeira angolana, simbolizou o orgulho de representar o país. A receptividade dos visitantes reforça o interesse crescente por soluções africanas no sector de mobilidade.
Outra estrela angolana, a Kubinga, trouxe uma proposta inovadora com a sua plataforma SaaS, que promove acessibilidade e conveniência na mobilidade urbana. A Kubinga, com a promessa de oferecer tudo na palma da mão, demonstrou o seu compromisso com o desenvolvimento tecnológico e a transformação social, deixando claro o seu potencial para democratizar o transporte em Angola.
No sector de comércio electrónico, a Sócia também deixou a sua marca ao exibir soluções que simplificam as compras, reunindo compras colectivas e acesso facilitado a bens e serviços. A inovação da Sócia chamou a atenção para o crescente mercado digital em Angola, com uma abordagem única que possibilita aos angolanos adquirir produtos de forma mais acessível.
Com uma proposta voltada para o sector financeiro, a Aki apresentou-se com a missão de revolucionar o acesso financeiro por meio de soluções inovadoras, incluindo pagamentos, poupanças em grupo e microcrédito. O interesse do público pela Aki reflete a relevância dessas soluções em um país onde o acesso aos serviços financeiros ainda é um desafio para muitos.