O início da construção da ligação ferroviária entre Angola e Zâmbia, no âmbito do Corredor do Lobito, está previsto para 2026, segundo confirmação do ministro dos Transportes, Ricardo Viegas d’Abreu.
A informação foi dada após uma reunião com o “Council Africa”, em Washington, que junta os principais investidores americanos no desenvolvimento de África.
Durante o encontro, foi confirmada a disponibilidade de entidades como a Corporação Financeira Internacional do Banco Mundial (IFC) e a Corporação Financeira de Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos da América (DFC) para continuar a financiar o sector privado no âmbito das operações do Corredor do Lobito.
A IFC comprometeu-se a desembolsar 400 milhões de dólares, integrados num financiamento global estimado em 4 mil milhões de dólares.
O foco do investimento está na criação de infra-estruturas e na melhoria da mobilidade entre Angola e a Zâmbia, permitindo interligações com outras rotas regionais. Actualmente, o Governo trabalha na mobilização dos recursos necessários para garantir a implementação do projecto até ao final deste ano.
O ministro Ricardo Viegas d’Abreu destacou ainda que pretende aumentar a circulação no Corredor do Lobito de um para seis comboios diários de carga, com a meta de alcançar 400 mil toneladas transportadas até ao final de 2025. O objectivo é transformar o Corredor num motor de desenvolvimento económico, gerando emprego e oportunidades para as comunidades locais.
O CEO da IFC, Samaila Zubairu, reforçou o compromisso com o projecto, sublinhando que nunca esteve em causa a continuidade de uma infra-estrutura considerada crítica para o desenvolvimento de África e do comércio mundial, além do seu impacto directo no combate à pobreza.
O “Council Africa” integra diversas entidades sediadas nos Estados Unidos, incluindo iniciativas de financiamento ao sector privado africano, como a IFC e a DFC, com o objectivo de proporcionar financiamentos a baixo custo para os países beneficiários.