Os tribunais decidiram esta terça-feira, 22 de abril, seis meses antes da próxima eleição presidencial, que o antigo líder do Credit Suiss, havia perdido a sua nacionalidade marfinense quando efectuou o seu registro eleitoral, de acordo com um de seus advogados.
Segundo a Jeune Afrique, esta decisão, que não é passível de recurso, encerra, por enquanto, a candidatura de Tidjane Thiam à eleição presidencial de 25 de outubro.
“A presidente do tribunal proferiu a sua decisão. Ela considerou que Thiam havia perdido a nacionalidade marfinense ao adquirir a nacionalidade francesa (em 1987) e, portanto, acatou os pedidos dos requerentes e ordenou a remoção do recenseamento eleitoral”, explicou Me Ange Rodrigue Dadjé.
Nascido na Costa do Marfim, Tidjane Thiam obteve a nacionalidade francesa em 1987 e a renunciou em março para concorrer à eleição presidencial, eleição em que um candidato não pode ter dupla nacionalidade.
Outros oponentes também foram afastados temporariamente, pois foram condenados pelos tribunais: o ex-presidente Laurent Gbagbo, o seu ex-braço direito Charles Blé Goudé e o ex-primeiro-ministro e ex-líder rebelde Guillaume Soro, que está no exílio.