A Berkshire Hathaway, grupo empresarial liderado por Warren Buffett, aumentou a sua participação nas cinco maiores correctoras do Japão, confirmando as expectativas que o Oráculo de Omaha criou na última carta anual escrita aos accionistas.
O investimento resulta depois de o Buffett ter conseguido fechar um acordo com estas correctoras para acabar com o limite de 10% de participação que a sua holding era obrigada a respeitar.
O multimilionário aumentou a participação da Bershire na Mitsubishi Corporation de 8,31% para 9,67% e na Mitsui de 8,09% para 9,82%, segundo os registos da comissão de valores mobiliários do Japão, citado pelo Financial Times. Buffett subiu ainda o investimento em um ponto percentual na Itochu, Marubeni e Sumitomo Corporation.
Apesar de ter elevado o tecto das participações em fevereiro, nenhuma das recentes compras superou, por agora, o limite dos 10%.
Na última carta que escreveu aos accionistas, o Oráculo de Omaha admitiu que a admiração por este tipo de empresas tem crescido consistentemente, pretendendo manter as participações durante várias décadas. Buffett elogiou ainda as correctoras em questão por se assemelharem à “holding” que detém.
A Berkshire Hathaway fechou 2024 com um lucro operacional de 47 mil milhões de dólares, impulsionados pelos ganhos nas operações de seguros e pelo aumento dos rendimentos dos investimentos. O conglomerado de Buffett terminou o último ano com um recorde de 334,2 mil milhões de dólares em caixa, equivalentes de caixa e investimentos de curto prazo em títulos do Tesouro dos EUA. Assim, a Berkshire voltou a superar o desempenho de Wall Street.
Fonte: Jornal de Negócios