O Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) e o Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA) celebraram, terça-feira, um Memorando de Entendimento com vista ao reforço da cooperação institucional no financiamento de projectos dos sectores da agricultura, pecuária, agro-indústria e aquicultura.
O Memorando foi assinado, em representação do BDA, pelo Presidente do Conselho de Administração, Leonel da Silva e pelo FADA, pela Presidente do Conselho de Administração, Felisbela Francisco.
A iniciativa enquadra-se nos objectivos do Plano Nacional de Desenvolvimento 2023-2027 e da Estratégia Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (ENSA II), que promovem uma actuação coordenada dos instrumentos financeiros, bancários e não bancários do Executivo, com impacto directo no desenvolvimento económico, social e na segurança alimentar.
O Memorando assenta na complementaridade entre as duas instituições e visa fortalecer sinergias operacionais, através de mecanismos de redireccionamento e encaminhamento de projectos, ajustados ao respectivo escopo, perfil de risco e às linhas de crédito, programas e produtos disponíveis em cada entidade.
Principais vantagens para os promotores dos projectos
A articulação entre o BDA e o FADA permitirá aos promotores beneficiar, de forma estruturada, de:
- Melhor acesso ao financiamento, através do encaminhamento do projecto para a instituição mais adequada ao seu perfil, dimensão e nível de risco;
- Redução de constrangimentos institucionais, evitando duplicações de análise e optimizando o tempo de decisão;
- Soluções financeiras mais ajustadas, combinando instrumentos bancários e não bancários de forma complementar;
- Acompanhamento técnico mais robusto, resultante da partilha de informação sectorial e de boas práticas entre as instituições;
- Maior previsibilidade e sustentabilidade dos projectos, com integração de critérios ambientais, sociais e de governação (ESG).
Optimização dos recursos públicos
O acordo contribui igualmente para um melhor aproveitamento dos recursos financeiros e técnicos do Estado, ao permitir:
- o redireccionamento eficiente de projectosentre instituições, conforme o seu enquadramento;
- a troca sistemática de informação sobre oportunidades de financiamento e potencialidades sectoriais;
- a transferência de know-how e reforço das capacidades institucionais;
- a coordenação de acções através de reuniões técnicas regulares de acompanhamento.
O Memorando permitirá a intervenção conjunta em projectos localizados em todo o território nacional, podendo o seu âmbito ser alargado a outras áreas mediante entendimento prévio.


