Documentos publicados pelo Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE), entre 2020 e 2025, indicam que a companhia aérea de bandeira concentrou a maior fatia destas despesas em 2023 e 2024, anos em que aplicou 7,1 mil milhões de kwanzas (cerca de 8 milhões de dólares), valor que corresponde a 67% do total.
Segundo as demonstrações financeiras, consultadas pelo Polígrafo África, o montante mais elevado foi registado em 2023, quando a TAAG desembolsou 4,3 mil milhões de kwanzas (4,8 milhões de dólares), representando 41,1% do gasto global do quinquénio. Nesse mesmo período, a companhia decidiu ainda aumentar a composição do Conselho de Administração, passando de sete para 11 membros.
Em 2024, as despesas com auditores e consultores diminuíram cerca de 60% face ao ano anterior, totalizando 2,8 mil milhões de kwanzas (3 milhões de dólares). Ainda assim, o montante ocupou a segunda posição no ranking anual de gastos, com um peso de 26,4%.
Nos três primeiros exercícios (2020, 2021 e 2022), a TAAG apresentou encargos mais modestos, no valor acumulado de 3,4 mil milhões de kwanzas (3,7 milhões de dólares), equivalentes a 32,4% do total. Para se ter uma noção da dimensão da “derrapagem” em 2023, basta referir que, somados os gastos dos três anos anteriores – 739,6 milhões Kz em 2020, 813,6 milhões Kz em 2021 e 1,9 mil milhões Kz em 2022 – não se alcança o valor despendido apenas nesse ano.


