O Governador do Banco Nacional de Angola, disse em Washington, DC que as finanças do país melhoraram: 14,9 mil milhões de dólares em reservas cambiais no mês passado, o suficiente para cobrir oito meses de importações planeadas; Crescimento do PIB de 4,1% em termos homólogos no primeiro trimestre de 2024, a expansão anual mais forte em nove anos; uma taxa de inflação anual em queda, embora ainda elevada, que atingiu o seu nível mais baixo em cinco meses, pouco menos de 30%, em Setembro.
Manuel António Tiago Dias que falava em entrevista à Jeune Afrique, esclareceu que o Banco Central está atento aos desenvolvimentos preocupantes, nomeadamente ao conflito no Médio Oriente e ao abrandamento económico na China, que estão a impactar o continente africano.
“Isto é algo que estamos a acompanhar muito de perto, tendo em conta que a China é o principal mercado de exportação de petróleo de Angola, sendo portanto um parceiro que deve ser tido em conta”, explicou Manuel António Tiago Dias. Antes de acrescentar: “Tudo o que acontece na China do ponto de vista do crescimento económico pode ter efeitos na economia angolana. »
Angola deve à China mais dinheiro do que qualquer outro país de África – cerca de 17 mil milhões de dólares. Depois de uma renegociação bem sucedida dos reembolsos da dívida chinesa no início do ano, Tiago Dias acredita que os credores estrangeiros deveriam ser tranquilizados pela capacidade do país de reembolsar os seus credores: “Achamos que também é bom mostrar que quando se investe em Angola tem a garantia de poder repatriar o seu capital ou de que quando financia autarquias ou empresas locais não há problemas com o pagamento da dívida. »