Angola vai manter as posições accionistas na Galp e no BCP. A garantia é dada pelo ministro de Estado e da Coordenação Económica.
Em entrevista ao Jornal de Negócios, José de Lima Massano pede mais investimento português e sublinha que o Governo está focado “na produção nacional como forma de garantir a segurança alimentar”.
Segundo o governante, a manutenção das posições accionistas nestas duas instituições portuguesas insere-se na estratégia económica do Executivo, que valoriza os investimentos estratégicos fora do país.
Durante a entrevista, Lima Massano destacou ainda a necessidade de fortalecer os laços económicos com Portugal, apelando a um aumento do investimento português em Angola.
“Temos expectativa de mais investimento português, sobretudo em sectores que contribuam para o crescimento sustentável da nossa economia”, disse.
O ministro reforçou também o foco do Executivo na promoção da produção nacional, com o objectivo de reforçar a segurança alimentar do país.
O estado angolano através da Sonangol, mantém uma posição accionista relevante no Banco Comercial Português (BCP), detendo 19,49% do capital, sendo o segundo maior accionista.
A sua participação na Galp (FALP – Finanças, Aquisições, Lojas e Produtos) é indirecta, através da Amorim Energia, que controla 36,7% da petrolífera portuguesa.