Nova câmara de comércio entre Angola e Noruega visa promover parcerias estratégicas em sectores como energia, agricultura, pescas e tecnologias verdes.
A Câmara de Comércio e Indústria Angola-Noruega (ANGNORWAY) foi lançada oficialmente ontem, em Luanda, com o objectivo de dinamizar a diversificação económica de Angola através do reforço da cooperação bilateral com a Noruega.
A nova entidade pretende atrair investimento estrangeiro e fomentar parcerias empresariais nos sectores da Agricultura, Pescas, Maricultura, Energias Renováveis, Educação e Tecnologias Verdes.
Durante a cerimónia de lançamento, o embaixador José Cunha da Silva, director de Cooperação Internacional do Ministério das Relações Exteriores (MIREX), destacou que a ANGNORWAY surge como um instrumento eficaz para consolidar canais de comunicação entre os agentes económicos dos dois países e impulsionar iniciativas conjuntas com impacto real nas comunidades.
“Testemunhamos hoje não apenas a formalização de uma plataforma empresarial, mas o nascimento de um espaço de diálogo, inovação e colaboração estratégica entre os dois países que partilham valores como a paz, a sustentabilidade e a prosperidade partilhada”, frisou.
Segundo o diplomata, a criação da câmara sinaliza o dinamismo da diplomacia económica angolana e reflecte a maturidade crescente das relações bilaterais com a Noruega, com quem se partilha uma visão de desenvolvimento baseada na valorização do capital humano e na preservação dos recursos naturais.
O MIREX reafirmou, na ocasião, o compromisso de continuar a facilitar o diálogo entre os sectores públicos e privados, criando condições políticas e institucionais favoráveis ao comércio, investimento e transferência de conhecimento.
Apesar do potencial identificado, o embaixador do Reino da Noruega em Angola, Bjornar Dah Hotvedt, reconheceu que o interesse por parte dos empresários noruegueses em investir fora do sector petrolífero ainda é tímido.
“Existe um interesse em investir noutras áreas, mas ainda é reduzido. Por isso, surge a ANGNORWAY, que vai divulgar mais as potencialidades de vários segmentos da actividade económica, para que, nos próximos anos, possamos investir”, afirmou o diplomata.
Hotvedt reconheceu ainda que, embora as relações económicas entre os dois países sejam fortes, estão actualmente demasiado concentradas no sector do petróleo realidade que a nova câmara pretende ajudar a transformar.