Luanda, 4 de Setembro de 2025 – O Banco de Fomento Angola (BFA) apresentou hoje, em Luanda, a sua Oferta Pública de Venda (OPV), que prevê a alienação de 29,75% do capital social da instituição através da Bolsa de Valores de Angola.
O processo de subscrição terá início amanhã, 5 de Setembro, e representa a maior OPV alguma vez realizada no país.
A operação insere-se no Programa de Privatizações do Governo de Angola (PROPRIV) e tem como objectivo reforçar a transparência, a eficiência e a competitividade do banco, ao mesmo tempo que promove uma maior dispersão accionista e democratiza o acesso ao mercado bolsista.
No total, serão disponibilizadas 4.462.500 acções ordinárias, escriturais e nominativas do BFA, equivalentes a 29,75% do capital social e dos direitos de voto.
Cada título tem um valor nominal de 6.000 kwanzas, mas o preço final será definido em Bolsa, variando entre 41.500 e 49.500 kwanzas por acção, em função da procura.
A OPV reserva ainda 2% do capital para trabalhadores e membros dos órgãos sociais do banco. Os dois oferentes são a Unitel, que irá alienar 15% da sua participação no âmbito do PROPRIV, e o BPI, que venderá 14,75%.
Durante o roadshow de lançamento, a presidente do Conselho de Administração do BFA, Maria do Carmo, destacou que a operação marca “um passo decisivo para consolidar a confiança no mercado de capitais angolano” e abre caminho “para uma verdadeira democratização do investimento”.
“Com mais de três décadas de existência, o BFA é o reflexo de uma trajectória assente na resiliência, no crescimento sustentável e numa gestão pautada pelo rigor e pela responsabilidade.
O OPV é mais do que uma operação financeira, é uma oportunidade única de partilha de valor, confiança e visão”, sublinhou a gestora.
O evento contou com a presença de representantes do Banco Nacional de Angola, Unitel, IGAPE, Comissão do Mercado de Capitais, bem como de investidores, intermediários financeiros e membros da comunicação social.
Segundo Maria do Carmo, o BFA nasceu com a visão de se tornar “o banco número um de todos os angolanos” e esta operação representa uma oportunidade para investidores nacionais e internacionais se tornarem parte integrante dessa caminhada, “beneficiando dos resultados de uma estratégia que já está a transformar o sector financeiro angolano”.