A Refinaria de Cabinda será inaugurada nesta segunda-feira, 1 de Setembro, passando a ser uma das principais apostas do Governo para reduzir a dependência de combustíveis importados.
Na primeira fase, a unidade terá capacidade para processar 30 mil barris de petróleo por dia, com previsão de duplicar a produção para 60 mil barris diários quando estiver em plena operação.
A refinaria vai produzir gasóleo, Jet A1, querosene, nafta e HFO, assegurando consumo interno, reduzindo custos de importação e criando excedentes para exportação.
O projecto já criou 3.300 empregos directos e formou 700 quadros nacionais, com a expectativa de aumentar para 5 mil técnicos qualificados nos próximos meses. O investimento total ascende a 473 milhões de dólares, dos quais 335 milhões foram mobilizados através de financiamento internacional.
Detida em 90% pela Gemcorp e 10% pela Sonangol, a refinaria integra a estratégia nacional de substituição das importações de derivados de petróleo.
A conclusão da primeira fase estava prevista para o final de 2021, mas conheceu sucessivos adiamentos: primeiro para o I trimestre de 2022, depois para Junho do mesmo ano, seguiu-se Dezembro de 2022, posteriormente Dezembro de 2023, o final de 2024 e, já em 2025, Junho.
O projecto começou a ser idealizado em 2017, quando a empresa United Shine, ligada ao empresário russo-israelita Arcadi Gaydamak, venceu um concurso internacional para a construção da refinaria. Contudo, em 2019, o contrato foi cancelado por incumprimento de requisitos de financiamento, capitalização e documentação técnica.