O Ministro de Estado para a Coordenação Económica, disse em entrevista à June Afrique que os subsídios aos combustíveis estão a prejudicar o desenvolvimento de Angola a longo prazo.
Segundo José de Lima Massano, os subsídios aos combustíveis continuam altos.
“Embora isso ajude a manter os preços baixos para os consumidores no curto prazo, também reduz a capacidade de agir a longo prazo em prol de um desenvolvimento inclusivo e sustentável”, sustenta.
Para o governante, a reforma do preço dos combustíveis continuará a considerar os impactos sociais e a incorporar medidas para mitigar os efeitos mais negativos.
“O programa de transferência social de renda Kwenda, que já beneficia aproximadamente 1,2 milhão de famílias, investimentos em infraestrutura de saúde e programas de eletrificação rural, bem como a duplicação do salário mínimo, estão entre essas medidas”, lembrou.
Massano revela que a diversificação é o principal desafio do país. É uma batalha de longo prazo que começa a dar frutos. Nesse sentido, recorda, “2024 marca um ponto de virada. Embora o crescimento do país tenha sido tradicionalmente impulsionado pelo sector petrolífero, no ano passado o sector não petrolífero desempenhou esse papel como força motriz, com crescimento de 5%, um nível nunca antes alcançado e superior ao desempenho alcançado pelo setor de ouro marrom — a economia cresceu 4,4% no geral”.