O rand sul-africano mantém-se sob pressão esta semana, à espera da divulgação dos dados de inflação de julho, considerada determinante para a trajetória da moeda.
As previsões dos economistas apontam para uma subida da inflação para 3,5% em termos homólogos, acima dos 3,0% registados em junho, cenário que poderá fragilizar o rand e aumentar a pressão sobre os rendimentos da dívida pública.
Na manhã desta quarta-feira, a moeda recuava 0,1%, sendo negociada a 17,71 por dólar, depois de já ter cedido 0,2% na terça-feira, para 17,6550, em antecipação ao simpósio de Jackson Hole da Reserva Federal dos EUA, de onde são esperados sinais quanto à orientação da política monetária.
No início da semana, o rand chegou a valorizar 0,5%, para 17,5250, apoiado pela valorização do ouro e pela fraqueza do dólar. Contudo, perdeu novamente fôlego, terminando a segunda-feira praticamente estável em 17,62 por dólar, num ambiente de cautela dos mercados.
Enquanto grande produtor mundial de ouro, a África do Sul tende a ver a sua moeda acompanhar os movimentos do metal precioso. No entanto, analistas alertam que uma eventual surpresa em alta na inflação interna poderá inverter rapidamente a tendência e intensificar a pressão sobre o rand.
Os investidores permanecem atentos à combinação de fatores externos como os discursos de responsáveis de bancos centrais e a evolução das matérias-primas e riscos internos, que fazem da divulgação da inflação um momento decisivo para o futuro imediato da moeda sul-africana.