O maior retalhista de alimentos da África do Sul, Shoprite Holdings, informou recentemente, que está a a desfazer-se das suas operações no Ghana e Malawi, marcando mais um passo em direcção à consolidação das suas actividades em África para concentrar-se mais no mercado doméstico.
A cadeia de supermercados sul africana expandiu-se extensivamente em África, superando rivais como o Pick’n Pay, e a Massmart, de propriedade do Walmart, para tornar-se a principal e maior retalhista de alimentos do continente, presente em cerca de 15 países.
Mas as incursões em mercados como
Angola e Nigéria foram prejudicadas pela volatilidade da moeda, inflacção de dois dígitos, altas taxas de importação e arrendamentos cotados em dólares.
Recentemente, a empresa informou que a Shoprite Malawi assinou um acordo a 6 de junho para a venda de cinco lojas comerciais, dependendo de certas condições, incluindo a aprovação da Comissão de Concorrência e Comércio Justo, bem como do Banco de Reserva do Malawi.
No Ghana, o grupo recebeu uma oferta vinculativa em junho para sete supermardos e um centro de distribuição. A venda é considerada altamente provável, afirmou a Shoprite.
Essas saídas marcam a sexta e a sétima retiradas da Shoprite dos mercados africanos fora do seu país de origem, após retiradas semelhantes da Nigéria, Quênia,
República Democrática do Congo,
Uganda e Madagascar nos últimos quatro anos.
O reposicionamento estratégico do grupo SHOPRITE ocorre numa altura em que persistentem dificuldades operacionais em diversas economias africanas, incluindo desvalorizações cambiais, interrupções na cadeia de suprimentos, obstáculos regulatórios e retornos decepcionantes sobre investimentos.
No entanto, a retirada agressiva da Shoprite das suas ambições pan-africanas contrasta fortemente com a sua forte expansão na África do Sul.