A produção petrolífera de Angola registou um aumento de 4% em relação a 2023, impulsionada pela saída do país da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) após 16 anos de adesão.
Nos três primeiros trimestres de 2024, a média diária de produção atingiu 1,134 milhão de barris.
A decisão de Angola de abandonar a OPEP resultou de um desentendimento sobre quotas de produção. O cartel permitiu que os Emirados Árabes Unidos aumentassem a sua produção em 200 mil barris por dia, enquanto reduziu a quota de Angola para 1,1 milhão de barris diários, alinhando-a com o declínio da produção nacional.
O ministro dos Recursos Minerais, Diamantino Azevedo, justificou a saída afirmando que o papel do país na organização “não foi considerado relevante”.
De acordo com a Angop, medidas de estabilização do Governo, incluindo o comissionamento de novos poços e intervenções em diversas concessões, contribuíram para o aumento da produção. Além disso, o país tem assistido a um crescimento das descobertas de petróleo e gás tanto em terra como no mar, acompanhado por um reforço da actividade exploratória.
Recentemente, a empresa nigeriana Oando PLC recebeu da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) a concessão do Bloco KON 13, na Bacia Onshore do Kwanza, que tem recursos prospectivos entre 770 milhões e 1,1 mil milhões de barris.
A Oando Energy Resources lidera o desenvolvimento do bloco, com 45% de participação, enquanto a Effimax detém 30% e a Sonangol, 15%.
Angola é actualmente o segundo maior produtor de petróleo bruto em África e tornou-se no quarto país a abandonar a OPEP, depois da Indonésia (2009), Qatar (2019) e Equador (2020).