A segunda edição do programa ASSEA Ubuntu foi oficialmente lançada ontem, destacando-se como uma iniciativa transformadora no sector petrolífero angolano, com o objectivo de criar mais oportunidades para jovens talentos, especialmente mulheres.
O programa atribuirá 200 vagas de estágio exclusivamente para mulheres, reforçando o compromisso com a igualdade de género e a formação de quadros qualificados.
Olga Sabalo, administradora executiva da Sonangol, sublinhou o papel da empresa na promoção de projectos educacionais e iniciativas como a Rede de Mulheres da Sonangol – Uquembo, que visa fortalecer a representatividade feminina. A executiva também mencionou a criação da rede MUHATO Energia Angola, alinhada aos princípios de ESG (Ambiente, Sustentabilidade e Governança).
Por sua vez, Manuel Mbangui, director-geral do INEFOP, enfatizou a importância das competências comportamentais, como ética e valores, para atender às exigências do mercado de trabalho. Ele destacou que o Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social pretende atingir 126.000 estágios até 2027, consolidando a inserção de jovens no mercado.
Berta Rodrigues Issa, presidente da ASSEA, fez um apelo para a revisão de barreiras legais, como o Decreto Presidencial n.º 29/17, e reforçou a necessidade de legislações que promovam mais oportunidades para mulheres no sector. A campanha “Action for 20%”, que visa garantir pelo menos 20% dos contratos do segmento petrolífero a empresas nacionais, foi elogiada como uma iniciativa essencial para o desenvolvimento sustentável do país.
O programa ASSEA Ubuntu, que conta com a parceria de 15 empresas, além de oferecer estágios remunerados a estudantes com médias superiores a 14 valores, foi celebrado como um movimento colaborativo para moldar um sector petrolífero mais inclusivo e inovador em Angola.