O vice-presidente da IFC, Sérgio Pimenta, revelou, esta terça-feira, em Luanda, que a instituição já está a trabalhar com o Governo angolano para encontrar as melhores soluções para a entrada de privados no capital acionista da Unitel.
Segundo Sérgio Pimenta, “o objetivo é tornar o setor mais dinâmico e rentável, e, consequentemente, melhorar a qualidade dos serviços de comunicação para os angolanos”.
O futuro das empresas públicas angolanas do setor das comunicações passa pela parceria com o setor privado. É o que defendem tanto o Governo angolano como a Cooperação Financeira Internacional (IFC), que se comprometeu a apoiar financeiramente este processo.
“Nós temos de trabalhar com o Governo a ver quais são as soluções, as opções que sejam possíveis, não é só na Unitel, é a Unitel e o setor de comunicações, ver como é que se pode melhorar o conjunto do setor e que esteja a fazer uns progressos fortes para poder trazer mais comunicações para o país”, afirmou Sérgio Pimenta.
A IFC tem demonstrado um forte compromisso com o desenvolvimento de Angola. Desde 2019, a instituição já mobilizou mais de 500 milhões de dólares para apoiar o setor privado no país. Para este ano, a meta é ainda mais ambiciosa, com um objetivo de mobilizar pelo menos 200 milhões de dólares.
“Nós financiamos empréstimos, fazemos garantias, fazemos investimentos em capital”, explicou Sérgio Pimenta.
Por sua vez, o ministro do Planeamento, Vitor Hugo Guilherme, disse que a abertura do setor das comunicações à participação privada está em linha com a estratégia do Governo angolano, que pretende reduzir a intervenção do Estado na economia e fomentar o investimento privado.
“O Executivo quer menos intervenção do Estado na economia e mais ação do setor privado”, afirmou o Ministro do Planeamento, Vítor Hugo Guilherme.
“Perspetivamos a construção de uma economia cada vez menos dependente da intervenção estatal e dominada pelo setor privado, através de uma maior abertura ao investimento privado, tanto nacional como estrangeiro”, sublinhou o ministro.